Os 40 conjuntos de trens do veículo leve sobre trilhos (VLT) entregues ao Governo do Estado seguem guardados no centro de controle em Várzea Grande, vizinho ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, sob a regular realização de manutenções técnicas e sob vigilância particular, assegurando a integridade das máquinas, qualidade técnica e alta performance do meio de transporte público. O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande segue arcando sozinho com os custos de manutenção, seguros e garantias dos trens, em que pese o contrato tenha sido rompido por decisão unilateral do Estado;
• O Consórcio lamenta e coaduna com a indignação popular ante 7 anos de paralisação do projeto, completos em 19 de dezembro. O Consórcio VLT jamais poupou esforços para a execução do projeto dentro do prazo acordado. Porém, atrasos no cronograma de pagamentos e nas desapropriações necessárias, responsabilidades do Estado, prejudicaram o cumprimento;
• Diferentemente do que o atual Governo de Mato Grosso tenta dar a entender, os trens do VLT não são um produto de prateleira, que podem ser utilizados em qualquer modal equivalente. São customizados, de acordo com especificações técnicas como topografia e área disponível para implantação. Essas particularidades de Cuiabá e Várzea Grande foram avaliadas pelas empresas responsáveis quando da contratação pelo Estado de Mato Grosso, após o devido certame público realizado;
• Em inúmeras tentativas, muitas delas acompanhadas pela imprensa, o Consórcio expôs ao Estado e órgãos de controle a intenção em firmar a retomada e conclusão do VLT. Isso segue sendo defendido em juízo, em ações que tramitam na Justiça Federal de Mato Grosso (JFMT), onde também foram expostas as causas dos atrasos e da paralisação do projeto. Laudo original de auditoria contratada pelo próprio Estado, também trazido aos autos, revela que são do próprio governo o mais amplo rol de responsabilidades pelos problemas ocorridos, sem que houvesse qualquer ingerência por parte do Consórcio;
• Todas as obras executadas pelo Consórcio VLT foram acompanhadas dos devidos projetos básicos e executivos. Até a data da paralisação das atividades do contrato, o Consórcio produziu e entregou ao Estado 4.889 pranchas de projetos executivos. Todo esse material também foi apresentado à Justiça Federal, como meio de prova, para o devido escrutínio;
• Chama a atenção o fato de o atual Governo do Estado de Mato Grosso lançar edital para contratação de outro tipo de modal de transportes tendo em mãos toda a estrutura, suporte financeiro e informações técnicas necessárias para concluir a implantação do VLT. Causa estranheza ainda maior verificar que a tomada de decisão por descartar um modal em preferência por outro ocorreu sem projeto executivo, contrariando o alerta público feito por renomadas entidades setoriais. Não há, por qualquer ângulo que se analise a questão, justificativa plausível para impedir a população de Cuiabá e Várzea Grande de usufruir um modal seguro e moderno como é o VLT, amplamente utilizado em diversas cidades do mundo e do Brasil, em destaque, nas cidades do Rio de Janeiro e Santos, por outro ultrapassado e que já possui estudos em andamento para a substituição em diversas cidades onde foi implantado.