Sanear em Rondonópolis busca soluções para a constante falta de energia e seus impactos

Reunião com autoridades e entidades locais busca solucionar a problemática

Uma das cidades que mais crescem no Mato Grosso, tem enfrentado um desafio crescente nos últimos tempos: a constante falta de energia elétrica. Os prejuízos causados por essa situação vão além dos incômodos cotidianos, atingindo residências, comércios e até o abastecimento de água no município. Em busca de soluções para o problema, uma reunião foi realizada na tarde desta quinta-feira, dia 19 de outubro, com a participação de diversas instituições e autoridades locais.

O presidente do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Paulo José Correia, convocou essa reunião, que contou com a presença do prefeito José Carlos do Pátio, representantes da Câmara de Vereadores, a Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir), a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Rondonópolis (CDL), a Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON), a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), associações de bairros, moradores e outras entidades locais.

Paulo José Correia enfatizou a importância da ação conjunta para resolver o problema, destacando que o crescimento do município não pode ser prejudicado pela falta de energia: “Essa reunião de hoje é uma ação para a nossa cidade. É um município que cresceu muito nos últimos 10 anos, e não podemos parar o desenvolvimento econômico e social por causa da falta de energia”, afirmou. Ele tem sido um crítico constante da Energisa, a empresa responsável pelo fornecimento de energia na região.

Um dos exemplos do impacto da falta de energia é o fornecimento de água no município. Paulo José Correia mencionou: “Só no poço do Yara, que abastece 14 bairros da cidade, mais de 20 mil pessoas foram prejudicadas pela falta de água causada pela falta de energia. Lá na região do Celina Bezerra, que são mais de 1400 apartamentos, foram cerca de 6 mil moradores sem ter água, e aí eles culpam o Sanear. Nós somos a agência que fornece, mas as nossas bombas precisam de energia para funcionar. Em uma semana, três bombas de R$200 mil queimaram, então estamos tendo um prejuízo muito grande e essa integração de hoje é para evitar que prejuízos maiores atinjam a população”.

A insatisfação com a Energisa também foi evidenciada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Júnior Mendonça, que declarou: “O serviço que a Energisa presta aqui em Rondonópolis, para ser ruim, tem que melhorar bastante. A gente sofre muito enquanto sociedade organizada”.

O impacto da falta de energia não se limita apenas às residências. Empresários locais têm enfrentado diversos problemas em seus estabelecimentos devido à qualidade do fornecimento. Marchiane Fritzen, presidente da Acir, destacou que a falta de energia tem resultado na perda de mercadorias e gerado prejuízos aos comerciantes. Ela enfatizou a necessidade de uma solução eficaz: “É desumano, é desleal e injusto com as pessoas que pagam muito caro e todo ano a gente ouve desculpas diferentes”.

Thiago Sperança, presidente da CDL Rondonópolis, ressaltou a importância de fornecer energia de qualidade a todos os cidadãos: “A energia é um dos itens mais caros da nossa despesa mensal, então ela tem que ser entregue conforme a gente paga. São relatos de pessoas que chegam cansadas no trabalho porque não conseguem dormir em casa por conta do calor. A gente não está falando só de comércio e indústria, estamos falando de um todo porque é um absurdo um bairro inteiro como o Celina Bezerra ficar um final de semana sem energia”.

A ação decidida pelo presidente do Sanear, Paulo José Correia, em buscar soluções para os problemas enfrentados pela população de Rondonópolis, tem gerado repercussão, inclusive na forma de charges nas redes sociais, ilustrando sua “briga” com a Energisa e a importância de resolver esse desafio.

A reunião realizada entre as autoridades e entidades locais representa um passo significativo em direção à resolução da crise de energia que afeta Rondonópolis. A população e empresários locais agora aguardam medidas concretas que possam garantir o fornecimento estável de energia elétrica e evitar prejuízos futuros.

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