O caso chocante aconteceu dentro do ambiente escolar e foi registrado em vídeo pelas próprias agressoras. As imagens mostram a vítima sendo cercada e agredida fisicamente como forma de “punição”, aplicada por um grupo de alunas que, segundo a Polícia Civil, se inspirava em facções criminosas. A investigação também revelou que outras quatro estudantes já haviam sido vítimas de agressões pelo mesmo grupo.
De acordo com o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, as adolescentes, com idades entre 11 e 14 anos, formaram um grupo criminoso dentro da escola. Durante os depoimentos, todas confessaram envolvimento nas agressões. Os celulares das suspeitas foram apreendidos, e os vídeos que comprovam as agressões foram localizados pelos investigadores.
Embora quatro adolescentes tenham participado diretamente da agressão, apenas três foram apreendidas. A quarta integrante tem 11 anos de idade e, por isso, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não pode ser submetida à medida socioeducativa de internação.
O inquérito policial foi concluído com a recomendação de internação das três adolescentes por atos infracionais análogos aos crimes de tortura e participação em organização criminosa. A 1ª Vara de Alto Araguaia acatou a solicitação do Ministério Público e expediu os mandados de busca e apreensão para cumprimento das medidas.
A investigação ainda apontou que algumas das agressoras têm histórico familiar relacionado a facções criminosas. Uma delas já havia sido conduzida anteriormente à delegacia por estar acompanhada de indivíduos ligados a uma facção, um deles portando entorpecentes.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informou que está acompanhando o caso e prestando apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às respectivas famílias. A pasta destacou que serão aplicadas punições conforme prevê a legislação, mas não detalhou quais medidas estão sendo adotadas. O estado de saúde da aluna agredida não foi divulgado.
Nortão MT