“Uma derrota.” Foi assim que o líder do prefeito na Câmara de Vereadores, Reginaldo dos Santos (PSB), avaliou o fato do projeto que autoriza o município a exigir um empréstimo de R$ 300 milhões ter sido rejeitado. O dia foi marcado por uma intensa batalha entre a Câmara e o prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) pela aprovação da medida.
O projeto, que tramitava na Câmara de Vereadores há quase um mês, finalmente entrou na pauta do Poder Legislativo, mas acabou sendo rejeitado nas comissões antes mesmo de ser encaminhado para votação pelos vereadores.
A matéria foi rejeitada na Comissão de Finanças e Orçamento, com votos contrários ao projeto de Cláudio Carvalho, o Cláudio da Farmácia (PSB), e Ozeias Reis (UB). Na Comissão de Justiça, o projeto também foi rejeitado, com votos contrários de Carlos Guinâncio, do Subtenente Guinâncio (PSB), e Roni Cardoso.
Com a rejeição nas duas comissões, o regimento interno prevê o arquivamento do projeto, sem a necessidade de ser submetido ao plenário. Assim a medida foi rejeitada. O secretário do Gabinete de Segurança Pública e articulador político do prefeito na Câmara, Valdemir Castilho e procurador do Município, Rafael Santos, tentaram sem sorte convencer os vereadores do contrário.
Antes da mesma votação, o vereador Cláudio Carvalho apresentou vistas ao projeto, mas o pedido foi negado pelo plenário. Alguns vereadores questionaram a necessidade de votos para a aprovação da matéria.
A negativa do pedido de Cláudio foi justificada por uma medida judicial que impede o andamento de outros projetos até que a proposta de R$ 300 milhões seja comprovada. “Isso poderia trazer prejuízos, como o atraso nos pagamentos à Santa Casa, pois não podemos votar nada até a análise deste projeto (R$ 300 milhões)”, explicou a vereador Marildes Ferreira (PSB), que votou contra o pedido de vistas.

Didaticamente, o vereador Guinâncio esclareceu que eram necessários 14 votos para a aprovação. No entanto, como a medida foi rejeitada nas comissões, não foi necessário levá-la ao plenário.
Fonte: Primeira Hora