O feminicídio raramente ocorre de forma inesperada, sendo precedido por sinais e situações de violência que podem se agravar com o tempo. Reconhecer esses sinais precocemente pode ser essencial para que a vítima busque ajuda e se liberte de relações abusivas.

Na noite de 10 de março de 2025, no bairro Vila Adriana, em Rondonópolis, policiais militares do 5º BPM foram acionados via CIOSP para atender a uma ocorrência de ameaça. A vítima relatou que seu companheiro a buscou no trabalho com o filho menor e, durante o trajeto, começou a acusá-la de estar “cheirando a cigarro”, iniciando uma discussão. Em meio ao desentendimento, o suspeito realizou manobras perigosas com o veículo, afirmando que faria “algo grave”.

Temendo pela própria segurança e pela do filho, a mulher puxou o freio de mão e tentou conter o agressor, causando um arranhão no braço dele. O suspeito apenas parou o carro ao chegar em casa, deixando a vítima e a criança na residência antes de sair novamente com o veículo.

Ao retornar, encontrou a companheira arrumando suas malas. Irritado, pegou uma faca nos fundos da casa e se trancou no quarto com a vítima, fazendo diversas ameaças de morte. Desesperada, ela pediu ajuda à cunhada, de 14 anos, que conseguiu acalmar o agressor. A vítima então se trancou no quarto com o filho até a chegada da polícia.

Os policiais apreenderam a faca e encaminharam tanto o suspeito quanto a vítima para a 1ª Delegacia Judiciária Civil para os devidos procedimentos. A mulher manifestou o desejo de formalizar a denúncia e solicitar medidas protetivas contra o agressor.